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Academia do Ballet Stagium - 45 anos


A dança?  Não é movimento
súbito gesto musical
É concentração, num momento,
da humana graça natural...

                                                 Carlos Drummond de Andrade

 

     Não há como falar em ensino da dança no Brasil  sem percorrer a grandeza de sua trajetória ao longo dos anos, nem deixar de falar do homem, da sua corporeidade e necessidades. Na Academia do Ballet Stagium os conteúdos técnicos e artísticos, direta ou indiretamente, são expostos para esta percepção.

   Fundado em 1971, por Marika Gidali e Décio Otero, através de um projeto amplo de cultura, o Ballet Stagium se transformaria numa escola em constante circulação. Dançando em toda a parte - palcos, ginásios, tribos, barcos, praças, penitenciárias - a dança se extravasa para fora da cena, desaguando em aulas, palestras, projetos educativos, programas sociais, seminários e pesquisas, sendo que todas estas manifestações em diálogo intrínseco com a nossa cultura, história e sociedade.

 Toda esta experiência é incorporada na Academia do Ballet Stagium tornando o ensino da dança, em todos os níveis, uma experiência ímpar e essencial.

Diretores

MARIKA GIDALI

Marika Gidali nasceu em Budapeste, Hungria.
No Brasil iniciou seus estudos de dança, em São Paulo, com o professor Serge Murchatovsky na escola de Carmem brandão.
1954 ingressa no Ballet do IV Centenário de S.P Trabalhando com Aurell Millos.
1956 vai para o corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro dançando obras de: Vaslav Veltchek, Leonide Massine, Tatiana Leskova, Denis Gray e Igor Schetzof
1957 Retorna à São Paulo ingressando no Ballet do Teatro Cultura Artística.
1961 Funda sua primeira escola de ballet.
1964 Participa do Festival Internacional de Dança da Cidade de Colônia, Alemanha.
1960\70 Danças na inauguração dos principais canais de TV do estado de São Paulo.
Trabalha em musicais e nos mais importantes programas de TV do Rio de Janeiro e São Paulo na qualidade de bailarina e coreógrafa.
Dança com Marlene Dietrich na TV Record de São Paulo.
Funda e dirige vários grupos independentes de balé em São Paulo.
Dança e realiza coreografias para vários filmes musicais nacionais.
1969 funda o Ballet Afirmação com Ismael Guiser e Ady Addor
No primeiro semestre de 1971 realiza, juntamente com Décio Otero, uma extensa programação semanal de dança didática na TV Cultura de São Paulo com a participação dos coreógrafos:
Renée Gumiel, Marilena Ansaldi, Ruth Rachou, Gerry Maretzky, Ismael Guiser,Clarisse Abujamra.
Apresentadores dos programas:
Armando Bogus, Sérgio Viotti, Eva Wilma, Karin Rodrigues
Maria Izabel de Lisandra.
Participação dos atores: Nuno Leal Maia, Araci Balabanian
Diretor teatral: Ademar Guerra (Fitas Velhas)
Em outubro de 1971 funda o Ballet Stagium com Décio Otero
1972\95 Dança as principais obras da companhia:
Diadorim, Dona Maria Primeira, Navalha na Carne, Dança das Cabeças, Missa dos Quilombos, Anjos da Praça, Holocausto, Luminescência, Das Terras de Benvirá e Marie Farrar.
Festivais Internacionais:
Paris (Festival Internacional de Lá Dance).
América do Norte (Festival de Dança da Cidade de Birmingham)
México (Seis vezes no Festival Internacional de Artes Cênicas da Cidade de Guanajuato e da Cidade do México.
Espanha (Festival Internacional de Cádiz e Vitória).
Hungria (Festival Internacional da Cidade de Budapeste)
Itália (Festival Internacional de Laqueia)
Suíça (Festival Acordanse em Lausanne).
Chile (Festival Internacional da Cidade de Temuco)
Cuba (Festival Internacional de Havana).
Taiwan - (Festival Internacional de Dança de Taipei).
1992 A convite da Fundação Japão realiza viagem cultural àquele país visitando várias cidades, teatros e companhias de dança clássica e tradicionais.
Trabalhos realizados em teatro como coreógrafa e assistente de direção.
Com Ademar guerra:
Oh! Que Dekícia de Guerra, Hair, Marat-Sade, O Burguêz Fidalgo, Lulu, Revista do Henfil, Missa Leiga, Mahagony, América Hurra!, Saudade do Brazil (Musical com Elis Regina), Marie Farrar (Poema de B. Brecht), Capital Federal, (Flávio Rangel), Medéia (Silney Siqueira), Voltaire, Deus Me Livre e Guarde, direção de Marika Gidali e texto de Oswaldo mendes
1984 Preside a Comissão Estadual de Dança de São Paulo.
É detentora dos prémios:
1962 Prêmio A.C.T. (Melhor Bailarina).
1968 A.P.C.A. (Melhor Coreógrafa Conjunto de Trabalho)
1973 A.P.C.A. (Melhor Bailarina "Diadorim").
1974 A.P.C.A. (Melhor Coreógrafa de Teatro)
1974 A.P.C.A. (Melhor Bailarina "Dona Maria")
1974 Governador do Estado (Melhor Bailarina “Dona Maria...)
1984 Prêmio Pirandello (Melhor Bailarina)
1985 Prêmio Pirandello (Melhor Bailarina).
1987 Secretaria de Cultura S.P (Mérito Cultural).
1988 UNESCO (Mérito Artístico).
1989 Recebe o Prêmio (Ordem do Rio Branco).
Recebe medalha de ouro Mérito Governo Montoro (Cultura nas Ruas) - Secretaria de Estado da Cultura 1995 A.PC.A.. (Prêmio Conjunto de Trabalhos)
2000 Ilanud-Unicef (Prêmio Sócio Educando)
2002 Personalidade da Dança (Belém do Pará)
2oo3 Prêmio Moinho Santista Bunge (Personalidade da Dança).
2004 Prêmio Mulheres do Mercado (Casa de Cultura de Santo Amaro)
2005 Prêmio Jorge Amado
Conferências e palestras em várias universidades, escolas, agremiações e unidades do Sesc de todo o país.
1991\92\93 é convidada pela F.D.E Para participar do projeto Preservação do Patrimônio
( Escolas Municipais e Estaduais )
1994\95 Realiza o Projeto Escola Stagium levando mais de 80.000 crianças e adolescentes das escolas periféricas aos seus espetáculos.
1999 é convidada pelo Governador Mário Covas, através da Secretaria da Cultura de São Paulo, na gestão de Marcos Mendonça, ao coordenar todas as atividades de dança nas unidades da FEBEM. Para essas unidades idealiza a Aula-Espetáculo junto aos professores de dança de rua, leva aos adolescentes da FEBEM, com grande sucesso, o espetáculo Coisas do Brasil do repertório do Ballet Stagium.
2000 ganha o Prêmio Sócio Educando (Ilanud -Unicef).
Através desse prêmio viaja ao Canada, com Décio Otero, visitando e pesquisando o sistema judiciário e carcerário dos jovens infratores daquele país.
Funda o Projeto Joaninha (Atualmente com 110 crianças estudantes do ensino fundamental das escolas periféricas da capital), utilizando a dança como integração social.
Passa a coordenar todas as atividades de dança na FEBEM incluindo, além da dança de rua, o Projeto Capoeira e dança do ventre para as unidades femininas.
Das mãos do Governador Geraldo Alckmin recebe o importante prêmio Moinho Santista por primeira vez concedido a uma personalidade da dança brasileira.
2004 Coordena e dirige o evento Como Se Fora Brincadeira de Roda para a abertura do Fórum Internacional da Educação, realizado em abril, no Sambódromo de São Paulo, com participação do Projeto Joaninha e mais duas mil crianças das escolas municipais do ensino fundamental da periferia da cidade de São Paulo.
Sua vida e obra está registrada no livro "Marika Gidali, Singular e Plural", escrito por Décio Otero para a editora Senac.
O trabalho de Marika Gidali é considerado de vital importância para o desenvolvimento da dança e da educação no Brasil.

Décio Otero

Décio Otero nasceu na cidade de Ubá, Zona da Mata em Minas Gerais.
Em 1951 inicia seus estudos de dança, com Carlos Leite, no Ballet de Minas Gerais onde dança o Espéctro da Rosa, Folhas de Outono, Les Sylphides e Love Letters
Em 1956 ingressa no corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro trabalhando com:
Tatiana Leskova, Maryla Gremo, Eugênia Feodorova, Denis Gray, Helba Nogueira, Leonide Massine, Willham Dollar, Vaslav Veltchek, Harald Lander e Nina Verchinina.
No Theatro Municipal dança, como primeiro bailarino, os ballets:
Yara, Romeu e Juliêta, O Combate, Masquerade, Gaité Parisienne, O Compositor e Salomé.
Em 1959 recebe da A.B.C.T. O prêmio de bailarino revelação por sua atuação no Pas de Deux do Cisne Negro.
Nesse mesmo ano percorre o Brasil dançando ao lado de Margot Fonteyn e Michael Sommes o ballet Giselle, montagem do ballet do Rio de Janeiro dirigido por Dalal Achcar.
Em 1960 ganha todos os prêmios da crítica do Rio de Janeiro por sua atuação no ballet Yara com coreografia do dinamarquês Harald Lander.
Na abertura oficial do primeiro concurso internacional de ballet do Rio de Janeiro dança o Pas de Deux Romeu e Julieta com Berta Rozanova e coreografia de Maryla Gremo.
Em 1964 é convidado por Beatriz Consuêlo a ingressar no corpo de baile do Grand Theatre de Geneve (Suiça) dirigido por Serge Golovine onde dança papeis de destaque como:
La Somabulle (George Balanchine), Dessins Pour Les Six (John Taras), Annabel Lee, Narcise e Noite de Walpurgis (Serge Golovine).
Em 1966 ingressa na Ópera de Colônia (Alemanha) dirigida pelo coreógrafo americano Todd Bolender, dançando:
Etude (Harald Lander), O Quebra Nozes e Raymonda (George Balanchine).
Em 1967 é convidado por Harald Lander para interpretar o primeiro papel do filme de dança The king, rodado em Copenhaguen (Dinamarca) e projetado em Eurovision, tendo como partner a prima bailarina Manola Asensio.
Nesse mesmo ano transfere-se para a Òpera de Frankfurt, na qualidade de primeiro bailarino, onde dança ballets importantes de Todd Bolender:
Souvenirs, Presentation, O Príncipe Igor.
De Balanchine dança:
O Quebra Nozes e da coreógrafa inglesa Mary Skiping dança Giselle.
De André Doutreval dança várias coreografias e nesse período dança e realiza coreografias contemporâneas para o teatro experimental de Frankfurt/Main.
Em 1970 retorna ao brasil e no ano seguinte, junto Marika Gidali, funda o Ballet Stagium, após realização de uma série de programas didáticos de dança na TV Cultura de São Paulo.
Em 1972 realiza a primeira viagem internacional com o Stagium dançando no teatro Coliseu em Buenos Aires.
Em 1974com a obra Jerusalém (Antônio de almeida prado) ganha o grande prêmio da A.P.C.A.
1975- realiza turnê nos Estados Unidos, por toda a costa leste, (de Alabama a Nova York) merecendo ótimas críticas do New York times e da revista Dance Magazine.
Com os balés Prelúdios, Diadorim e Dona Maria Primeira, A Rainha Louca apresenta-se em Paris no Festival International de La Danse, no teatro Champs Elisée, sendo considerado pela crítica Irene Lídova, o mais representativo coreógrafo brasileiro.
Obtém estrondoso sucesso no Festival Internacional de Artes Cênicas de Guanajuato no México.
Em 1977 cria o espetáculo Kuarup, ou A Questão do índio.
1980/92-apresenta-se pela quinta vez por toda a América Latina e nos Festivais de L´Aquila (Italia), Hungria, Espanha, Suiça, Cuba, Taipei e Temuco, no Chile.
No Festival Internacional da Cidade de San Luis Potosí (México) apresenta a obra Dança Das Cabeças recebendo o prêmio de melhor trabalho do festival.
Participa do estival de Lyon (França) com as obras: Kuarup, Choros e Batucada obtendo enorme sucesso de público e crítica.
Durante sua estadia em Lyon realiza espetáculos especiais para estudantes (crianças e adolescentes) tendo como palestrante a doutora e pesquisadora em dança Cássia Navas).
Recebe a medalha de mérito cultural outorgada pelo Conselho Nacional de Dança, órgão vinculado ao conselho internacional da Unesco.
A convite da fundação Japão viaja para àqueles pais visitando várias cidades e entrando em contato com expoentes da dança japonesa clássica e tradicional.
1995- obtém enorme sucesso com a obra Anjos da Praça apresentando-se pela sétima vez no Festival Internacional de Artes Cênicas de Guanajuato (México).
1999- é autor dos livros:
Stagium, as Paixões da dança - Editora Hucitec e Marika Gidali - Singular e Plural, Editora Senac.
2000- junto a Marika Gidali ganha o prêmio Sócio-Educando concedido pela Ilanud e a Unicef por seu trabalho junto aos jovens infratores de todo o país. Como parte do prêmio viaja ao Canadá com Marika Gidali para pesquisar e conhecer o sistema judiciário e carcerário daquele país.
2001 - Resultante desse trabalho de pesquisa coreografa a obra Á Margem dos Trilhos produzido em parceria com o Sesc/São Paulo e a Secretaria de Cultura da Capital.
2002-2003 - Coreografa a obra Stagium Dança O Movimento Armorial sobre o movimento criado na década de 70 em Pernambuco por Ariano Suassuna.
Para o Projeto Joaninha (100 crianças da região periférica de São Paulo) coreografa Danças da Ilha de Santa Cruz e Atravessando a Floresta. Junto a Marika Gidali dirige e participa do Projeto Professor Criativo.
É detentor de vários prêmios da A.B.C.T. Junto ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro e, em São Paulo, tem inúmeras obras premiadas pela A.PC.A. E prêmio Governador do Estado.
Em Gunajuato (México) ganha o Trofeu Cervantes.
É premiado com a ordem do mérito cultural 2005 por relevantes serviços prestado a cultura nacional.
Sua vida e obra é tema de tese de doutorado e pós-graduação de Elizabeth Gomes para a Universidade Mackenzie.
É autor de mais de 100 coreografias destacando-se:
Quebradas do Mundaréu, kuarup ou a questão do índio, coisas do brasil, Stagium Dança O Movimento Armorial, Missa dos Quilombos, Estatutos do Homem, Tangamente, Diadorim, O Mandarim Maravilhoso, Dona Maria Primeira, A Rainha Louca, Santa Maria de Iquique, Floresta do Amazonas, crimes, Das Terras de Benvirá, Dance Lá Que Eu Danço Cá, Pátio dos Milagres, Que Saudade, Elis!, Valsas e Serestas, Sonhos,
Estudo Brasileiro Número 02 Batucada, Modinhas, Na Neblina, O Uirapurú, Estudo Brasileiro Número 05 Choros e outros.
Em teatro coreografou as peças:
A Que Ponto Chegamos.
Texto e direção de Oswaldo Mendes com Ester Góes e Walter Breda, música original de Tato Fischer
Voltaire, Deus Me Livre e Guarde.
Texto de Oswaldo Mendes e direção de Marika Gidali. Trilha musical de Décio Otero.
Ballets dançados antes do stagium:
Dom Quixote (Pas de Deux), Les Silfhides, Romeu e Julieta (coreografia Serge Lifar e Maryla Gremo)
Le Combate (coreografia Wilham Dollar), Sinfonia amazônica (coreografia Helba Nogueira)
O Compositor (Coreografia Denis Gray), Giselle, Beau Danube (coreografia Leonide Massine), Gaité Parisienne (coreografia Leonide Massine), Preságios (coreografia Leonide Massine), Lára (coreografia Harald Lander), Etudes (coreografia Harald Lander), Les Indes Galantes (coreografia Harald Lander) A Boutique Fantástica (coreografia Leonide Massine), O Espéctro da Rosa, Folhas de Outono (coreografia Ana Pavlowa), Carnaval Zuimalutti (coreografia Nina Verchinina), O Quebra-Nozes, La Sonambule (coreografia Balanchine), Presentation (coreografia Serge Golovine), Annabell Lee (coreografia Serge Golovine), Suite En Blanc (coreografia Serge Lifar), Shererazade, The King (coreografia Harald Lander), Pavane Para Uma Infanta Defunta (coreografia Vaslav Veltchek), Noite de Walpurgis (Coreografia Serge Golovine), Gopak (coreografia Eugênia Feodorova), Raymonda (coreografia Balanchine e Eugênia Feodorova), Concerto (coreografia Wilham Dollar), Salomé (coreografia Denis Gray), Baile dos Gradduados (Tatiana Leskova), Descobrimento do brasil (coreografia Tatiana
Leskova e Eugênia Feodorova), O Galo de Ouro, Time Cycle (coreografia Tod Bolender), Episódios (coreografia André Doutreval), Narcise (coreografia Serge Golovine), Morte de Um Pássaro (coreografia Ismael Guiser), Pássaro Azul, D. Juan (Coreografia Eugênia Feodorova), Pácto (coreografia Denis Gray), Masquerade (coreografia Tatiana Leskova), Caprício Hespanhol (coreografia Leonide Massine), Tragédia Dançante (coreografia Denis Gray), Valsa Triste (coreografia Nina Verchinina), Variações Sinfônicas (coreografia Tatiana Leskova) O caso do vestido (coreografia klaus viana), Dessins Pour Les Six (coreografia John Taras), Arcade (coreografia Atílio Labis), Pas de Dix (coreografia Jorge Balanchine), Stil Point (coreografia Tod Bolender), Adagio da Rosadonizettiana ( coreografia Tod Bolender), O Mandarim Maravilhoso ( coreografia Tod Bolender), Souvenirs (coreografia Tod Bolender)
Òperas:
La Traviata, Fausto, Cosi Fan Tutti, Ainda, Lo Schiavo e Le Piquet Dame Tannhauser, Carmem, O Guarany, Príncipe Igor, Cantata Carmina Burana, O soldado, Manon, Frei Schutz, O Rapto do Seraile Rigolêto

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